Saber o que se sente é uma coisa. Confiar nesse sentimento… é outra bem diferente.
Quantas vezes já teve a sensação de que algo não encaixa, mesmo quando tudo parece certo por fora? Ou o oposto: uma vontade forte de seguir por um caminho sem saber explicar porquê?
A mente pede lógica, dados, garantias. Mas há decisões que só fazem sentido por dentro e mesmo assim, carregam uma força que não se explica. A intuição não é sempre clara. Muitas vezes, é apenas uma inquietação leve, uma ideia que insiste em voltar, um desconforto silencioso.
Nem sempre a clareza vem antes da confiança. Às vezes, confiar é o primeiro passo para que a clareza chegue.
O problema é que se aprendeu a desconfiar do que não se vê. E sentir… não se vê. Mas sentir é o primeiro sinal de alinhamento. É o corpo a reagir antes da mente conseguir acompanhar. É a vibração a indicar que algo ali merece atenção.
Confiar no que se sente não é seguir impulsos cegamente. É dar valor aos sinais internos. É não ignorar quando o corpo trava ou quando a alma acende. E mesmo que não haja provas, há percepções que nunca falham.
Sugestões (algumas) para praticar essa confiança interior:
• Em vez de procurar certezas, observe como o corpo reage à ideia de cada escolha
• Escreva o que está a sentir antes de pedir opinião a outros
• Repare se a dúvida vem de si… ou do medo de desagradar alguém
• Lembra-se: nem todas as certezas vêm antes da decisão algumas só chegam depois
Ouvir o que se sente é um acto de coragem. E confiar sem certezas absolutas é um exercício de presença.
É possível falhar mesmo com todas as provas do mundo. Mas dificilmente se falha quando se honra o que vibra…por dentro.
